sábado, 24 de novembro de 2012

Conceitos: Inundações / Comunhão e Direito



As "inundações"  -  Movimento dos Focolares[1]

            Conceito

Dentre os diálogos  [2] que o movimento dos Focolares promove, um deles é com a cultura contemporânea realizado com diferentes áreas do conhecimento e da experiencia de vida humana por parte do movimento dos Focolares, que foi inspirado por Chiara Lubich, onde a cultura tem o significado amplo de tudo que é a reflexão sobre o fazer e pensar humano, sua história e suas perspectivas de futuro. Um diálogo não é um fim em si, mas que quer compartilhar com homens e instituições do nosso tempo os valores em que acreditamos e que vivemos.

Para que isso seja possível, é necessário compreender e interpretar as expectativas e desafios da sociedade moderna.  

Desde o início de sua experiência, Chiara Lubich intuíu que o carisma por ela recebido era uma resposta a este período histórico: em sua universalidade e profecia, poderia influenciar e reabilitar as diversas realidades humanas, incluindo a cultura nas suas diferentes expressões e disciplinas.

Desde 1950, Chiara viu que a Obra que dela estava surgindo, teria três fases de desenvolvimento, com fantasia marcada com o nome de três cidades: Assis, Paris, Hollywood. Assis, a cidade de carisma, iluminação; Paris, a cidade de estudo, pesquisa e da elaboração cultural; Hollywood, o símbolo do evento e o anúncio.

Mas é somente nosa anos 90, com o nascimento da Escola Abba (um restrito grupo de especialistas em diversas disciplinas que reflete sobre as primeiras intuições do carisma de Chiara), que esta potência dialógica desabrocha, se articula e começa a criar um pensamento. Assim nasceu, no movimento dos Focolares, o “quinto diálogo”, também conhecido como “Inundações”, termo inspirado por uma analogia de João Crisóstomo que fala da sabedoria cristã como um rio que transborda lentamente inundando beneficamente as coisas humanas.

O dia 7 de maio de 1998 é considerado a data do nascimento oficial desta realidade, porque nesse dia, Chiara, durante uma viagem à Argentina e ao Brasil, escreveu uma carta a Movimento espalhadono mundo todo. Especifica que as duas realidades sociais nascidas até então, Economia de Comunhão (1991) e o Movimento Político pela Unidade (1996) eram ações sociais e políticas, das quais estava nascendo uma nova cultura, capaz (uma vez formulada e consolidada) de diálogar com a sociedade contemporânea, e às quais seriam seguidas por outras áereas espontâneamente, nascidas dos vários mundos profissionais.

Esta profecia se realizou em breve tempo. Em 1999 nasceu da Arte e  em 2000 a da Comunicação e, em seguida, aquela da Psicologia, Pedagogia, Sociologia, Medicina, Direito, Ecologia, arquitetura e Esportes... Até agora são doze.

Com que ferramentas se trabalha? As usadas normalmente: congressos, seminários, reuniões, trocas de experiências profissionais... Porem, com duas inovações: em primeiro lugar a procura da consonância dos valores que o património cultural de várias disciplinas tem acumulado ao longo dos séculos, talvez esquecido e sufocado por séculos por intelectualismos, mas dos quais, a sociedade de hoje tem muita sede.

Em seguida, sobre o significado do termo "cultura" que é normalmente entendido em uma interpretação redutiva de investigação especializada e estudo, muitas vezes longe da realidade concreta dos homens e mulheres de hoje, o significado original e primário desta palavra, de acordo com os dicionários de maior autoridade, é o projeto "existencial". Portanto, não tanto noções ou categorias intelectuais...
A verdadeira cultura é aquela que ilumina a mente, faz seu pulsar o coração e torna-se encarnado no cotidiano.

A real singularidade do fenômeno cultural de "inundação" reside no fato de que não é a obra de um gênio ou uma elite de estudiosos. É um fruto da cultura da unidade vivida por um povo que fez do testamento de Cristo "que todos sejam um" (cf. Jo 17, 21), ideal de vida.


Comunhão e Direito

Comunhão e Direito nasceu em 2001 e é o diálogo do movimento dos Focolares com a cultura jurídica, feito por estudiosos e profissionais do direito em diferentes partes do mundo, que estão ligados entre si.

Em 2005, no primeiro Congresso Internacional "relacionamentos em direito: a quantidade de espaço para a fraternidade?"  foi aprofundada a dimensão relacional no direito e, se verifica se –sobre esta base- é possível viver os relaçionamentos jurídicos com o espírito de fraternidade.

Numerosos os testemunhos apresentados em várias áreas (civis, penais, administrativas, etc) que confirmam que o princípio da fraternidade ilumina a interpretação e a aplicação da norma jurídica.

Em 2009 se aprofunda a relação direito-justiça. Mais tarde, em 2011, o estudo e a pesquisa se ampliam com o novo tema "dignidade humana, relacionamentos, direito".

A iniciativa de Comunhão e Direito desenvolve-se em vários países em dois níveis, no plano da praxis inspirada na fraternidade das atividades diárias realizadas pelos operadores da justiça em diferentes ambientes jurídicos, salas de aula para tribunais, escritórios de advocacia e administração pública, a nível científico na pesquisa doutrinária em diálogo com as várias instâncias da cultura jurídica atual.

Nesta linha de atuação Comunhão e Direito reconhece que a contribuição de idéias e experiências, dadas por cada um, é único e insubstituível.



[1] Nedo Pozzi, um rio de luz do mundo, em unidade e carismas (Tradução de Luiz Pierre)
[2] Em ordem cronológica, eles são precedidos por quatro outros diálogos envolvendo várias realidades institucional e social: a Igreja, as realidades eclesiais cristãs, outras religiões e pessoas de convicções não religiosas.




A seguir o texto original em italiano.

As sugestões para alteração da tradução podem ser enviadas através do blog, facebook ou e-mail (pierre@pierrejuridico.com).





Le "inondazioni" del Movimento dei Focolari[1]

Definizione

         Tra i dialoghi che il Movimento dei Focolari porta avanti vi è quello con la  con la cultura contemporanea intavolato con i diversi ambiti del sapere e del vivere umano da parte del Movimento dei Focolari su ispirazione di Chiara Lubich [2], dove cultura ha il significato ampio di tutto quanto è riflessione sul fare e sul pensare umano, sulla sua storia e sulle prospettive del suo futuro. Un dialogo non fine a se stesso, ma che vuole condividere con uomini e istituzioni del nostro tempo i valori in cui crediamo e che viviamo.

Perché ciò sia possibile, occorre cogliere e interpretare le attese e le sfide della società di oggi.

Fin dagli inizi della sua esperienza, Chiara Lubich intuì che il carisma ricevuto era una risposta anche per questo periodo storico: nella sua universalità e profezia, avrebbe potuto influenzare e risanare le varie realtà umane, compresa la cultura nelle sue diverse espressioni e discipline. 

Fin dal 1950 Chiara intravedeva che l’Opera che da lei stava sorgendo, avrebbe avuto tre fasi di sviluppo, che con fantasia contraddistinse col nome di tre località: Assisi, Parigi, Hollywood. Assisi, la città del carisma, dell’illuminazione; Parigi, la città dello studio, della ricerca e dell’elaborazione culturale; Hollywood, il simbolo della manifestazione e dell’annuncio.

Ma è solo negli anni ’90, con la nascita della Scuola Abbà (un ristretto gruppo di esperti nelle varie discipline che riflette sulle prime intuizioni del carisma di Chiara), che questa potenzialità dialogica sboccia, si articola e comincia ad enucleare un pensiero. È così che nasce nel Movimento dei Focolari un “quinto dialogo” conosciuto anche col nome di “Inondazioni”, termine ispirato da una analogia di Giovanni Crisostomo che parla della sapienza cristiana come di un fiume che pian piano inonda beneficamente le cose umane.

Il 7 maggio 1998 è considerata la data di nascita ufficiale di questa realtà, perché in quel giorno, Chiara, durante un viaggio in Argentina e Brasile, scrisse una lettera all’intero Movimento sparso nel mondo. In essa specificava che le due realtà sociali nate fino ad allora, l’Economia di Comunione (1991) e il Movimento Politico dell’Unità (1996) erano azioni sociali e politiche, dalle quali stava nascendo una cultura nuova, capace (una volta formulata e consolidata) di mettersi in dialogo con la società contemporanea, e alle quali sarebbero seguite altre spontanee aggregazioni, fiorenti dai vari mondi professionali.

Quella profezia si realizzò in breve. Nel 1999 nacque l’inondazione dell’Arte, nel 2000 quella della Comunicazione, e poi via di seguito quella della Psicologia, della Pedagogia, della Sociologia, della Medicina, del Diritto, dell’Ecologia, dell’Architettura e quella dello Sport... Finora sono dodici.

Con quali strumenti si opera? Quelli normalmente utilizzati: congressi, seminari, incontri di studio, scambi d’esperienze professionali... Però con due novità: anzitutto la ricerca delle consonanze sui valori che il patrimonio culturale delle varie discipline ha accumulato nei secoli, valori magari dimenticati e soffocati da secoli di incrostazioni cerebrali, ma di cui la società oggi ha particolarmente sete.

Poi, sul significato del termine “cultura” che normalmente viene inteso in una accezione riduttiva di studio e di ricerche specialistiche, spesso lontane dall’esistenza concreta degli uomini e donne di oggi, il significato primario ed originale di questa parola, secondo i più autorevoli dizionari, è quello di “progetto esistenziale”. Quindi, non tanto nozioni o categorie intellettuali...

La cultura vera è quella che illumina la mente, fa fremere il cuore e si incarna nell’agire quotidiano.

La vera singolarità del fenomeno culturale delle “inondazioni” sta nel fatto che non si tratta dell’opera di un genio o di una élite di studiosi. È un frutto della cultura dell’unità, vissuta da un popolo che ha fatto del testamento di Cristo “che tutti siano uno” (cf. Gv 17, 21) l’ideale della vita.


Comunione e Diritto

Comunione e Diritto nasce nel 2001 ed è il dialogo del Movimento dei Focolari con la cultura giuridica, attraverso studiosi e operatori del diritto presenti in diverse parti del mondo che lavorano collegati in rete.

Nel 2005 nel primo Congresso internazionale “Relazionalità nel diritto: quale spazio per la fraternità?” viene approfondita la dimensione relazionale nel diritto, e si verifica se – su questa base - è possibile vivere i rapporti giuridici con lo spirito di fraternità.

Numerose sono le testimonianze presentate nei diversi ambiti (diritto civile, penale, amministrativo …) che confermano che il principio di fraternità illumina l’interpretazione ed applicazione della norma giuridica.

Nel 2009 si approfondisce il rapporto legge-giustizia. Successivamente nel 2011 lo studio e la ricerca si allargano con il nuovo tema “Dignità umana, relazioni, diritto”.

L'iniziativa di Comunione e Diritto si sviluppa nelle varie nazioni su due livelli, nel piano concreto con prassi ispirate alla fraternità nelle attività quotidianamente svolte dagli operatori di giustizia nei diversi ambienti giuridici, aule di Tribunali, studi legali e pubblica amministrazione, a livello scientifico nella ricerca dottrinale in dialogo con le varie istanze della cultura giuridica attuale.

Su questa via Comunione e Diritto riconosce che il contributo di idee ed esperienze dato da ognuno è unico e insostituibile.





[1] Nedo Pozzi, Un fiume di luce nel mondo, in Unità e Carismi

[2] In ordine di tempo, esse sono precedute da altri quattro dialoghi che riguardano varie realtà istituzionali e sociali: la Chiesa, diverse realtà ecclesiali cristiane, altre religioni e persone di convinzioni non religiose.   

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